quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Pesquisa

04/08/2009 - Conferência mostra como informática pode melhorar a relação na escola

As distâncias se tornaram menores depois da popularização da internet. O que é produzido num lugar pode ser partilhado e reproduzido em qualquer outra parte do planeta. Se, para você, recursos em terceira dimensão e tecnologia desenvolvida pela Agência Especial Norte-americana, a Nasa, não têm muito a ver com sala de aula, é melhor rever conceitos.
A gurizada está antenada com o que está acontecendo. Os professores, sobrecarregados e oriundos de graduações que não lhes prepararam para lidar com a informática, nem sempre. Mas não há como fugir das mudanças em sala de aula que surgem com o avanço da computação.
Durante a semana passada, cerca de mil pessoas de mais de 20 países se reuniram em Bento Gonçalves para discutir e apresentar exemplos do bom uso da tecnologia no ensino. Desde a conferência pioneira, em 1970, realizada em Amsterdã, na Holanda, essa foi a primeira vez que o evento teve como sede a América Latina.
A 9ª Conferência Mundial de Computadores na Educação mostrou que os professores brasileiros que usam ambientes virtuais, como moodles e wikis, estão antenados com o que ocorre no resto do mundo.
A tecnologia pode ser uma ótima “desculpa” para atrair os estudantes para assuntos complicados. O especialista em tecnologia educacional da Nasa, Troy Douglas Cline, esteve em Bento para mostar um projeto chamado Space Weather Action Center. Com orientações em um site, os estudantes aprendem a identificar uma tempestade solar e outros fenômenos espaciais.
– Os estudantes podem pensar: “mas o que eu tenho a ver com isso?” Hoje todos têm celular. Quando há uma tempestade solar, ela pode causar danos em satélites e interromper a comunicação via celular ou o fornecimento de energia. Os estudantes aprendem a prever isso, comunicar, escrever e interpretar dados – diz Cline.
Robôs em escolas públicas
A Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação de Porto Alegre (Procempa) adquiriu em 2007 kits educacionais desenvolvidos pela empresa Lego (a mesma dos blocos de montar de quando você era criança), que foram distribuídos a escolas municipais da Capital. Cada kit é composto por peças para montar robôs e placas para programá-los a executarem movimentos.
Os próprios alunos escolhem que tipo de robô querem fazer. Para isso, aplicam conhecimentos de física e outras disciplinas. A professora de Ciências Maria da Graça Oliveira da Silva coordena o projeto na Escola Municipal Governador Ildo Meneghetti.
Ela conta que, em 2007, a robótica era ensinada nas aulas de ciência, mas a professora sentiu necessidade de criar um momento à parte para que os estudantes se dedicassem melhor.
Uma vez por semana, no turno contrário da aula, alunos de 5ª a 8ª série participam do projeto.
– Se dá alguma coisa errada, eu não dou a resposta. Eles têm de encontrá-la sozinhos – diz a professora.

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